sexta-feira, 27 de agosto de 2010

LITERATURA DE CORDEL



Com o objetivo de valorizar a produção literária popular foi desenvolvido com os alunos da 6ª série B, do turno vespertino um estudo sobre literatura de cordel, envolvendo as disciplinas de Português e Educação Artística. Em Português foi trabalhado os poemas em cordel, destacando assim, a estrutura do cordel e os temas os quais são tratados. Foram apresentados cordeis de vários autores, dentre eles, Patativa do Assaré. Cada verso que este autor compôs retrata muito bem a realidade do sertão, como podemos conferir nos versos abaixo, encontrados no livroNovos Poemas Comentados.


O RETRATO DO SERTÃO 

Se o poeta marinheiro
Canta as belezas do mar,
Como poeta roceiro
Quero o meu sertão cantar
Com respeito e com carino
Meu abrigo, e meu cantinho,
Onde vivem meus pais.
O mais puro amor dedico
Ao meu sertão caro e rico
De belezas naturais.
........................................
Meu sertão, meu dice ninho,
De tanta beleza rude,
Eu conheço o teu carinho,
Teu amor, tua virtude.
Eu choro triste, com pena,
Ao ver a tua morena
\sem letra e sem instrução,
Boa, meiga, alegre e terna
Torcendo um fuso na perna,
Fiando o branco algodão.
.........................................
Na disciplina de Educação Artística foi trabalhado outra parte essencial à produção da literatura de cordel, que são as xilogravuras. De origem chinesa, a arte da xilogravura é conhecida desde o século VI e no Ocidente desenvolveu-se durante a Idade Média. Gravura obtida pela impressão de motivos entalhados em uma chapa de madeira, este  se constitui como um recurso capaz de dar mais visibilidade aos cordeis, fazendo com que os apreciadores dessa arte identifique de imediato o tema o qual está sendo tratado. Após discorrido a história e todo processo de criação dos poemas e das xilogravuras, os alunos foram convidados a produzirem, primeiro, coletivamente e depois de forma individual, seus próprios cordeis.Vejamos estas produções:



 

Estou me retirando da terra
A terra onde eu nasci
só vou embora
atrás de melhora
Na terra onde eu nasci
A fome eu não alcançava
Comia mandioca e aipim
E nada de água gelada
Na terra onde eu nasci
Tem muito pé de coqueiro
Tanto que eu comi
pensando em homem solteiro

Rebeca, Carla, Wanessa, Viviane e Tatiane









Eram 11 criaturas
Fofocavam sem parar
Ciranda cirandinha
Vamos todas fofocar
Com as palavras
Elas brincavam
E mais novas ficavam
Com as palavras
Viviam a fofocar e a brincar
Era um zunzum sem parar
De noite e de dia
Até chegar o luar

Jardiana, Robson, Talita, Karina





O amor tudo sofre
Tudo crê, e tudo
Espera, tudo suporta


O amor é um poço no qual
Podemos beber o que nele
Brilham são apenas os
Nossos olhos a espreita
Não quero parecer um
Hippie mas o amor é a
Força que orienta o universo
Amar é
Saber padecer
Saber sorrir e
Também chorar

Samara, Daiane, Cleuton, José Fagner, Mauricio



O homem estirado no chão 
Pobre coitado
Com dor no pulmão
Sempre deitado
Com uma dor de cabeça
Já gemia sem parar
Por causa da dor imensa
As lágrimas caiam sem parar
Pobre coitado
Do jeito encalhado
continua deitado
E Sofre calado
Parece que mora na rua
Deitado naquele lugar
Comia até comida crua
Sofre, sofre sem parar.
Dejiane e Leidiane



O Nordeste

O Nordeste tem uma linda paisagem
Amar as árvores
Amar os pássaros
Amar a vida
Quando a chuva cai
Vida se transforma
O inverno é bom demais
O verão eu quero mais

Alan, Adinoan, Marcos, Wagner







No futuro, no inferno
Seja no verão ou no inverno
Jogamos com amor
E com muito calor

O futebol é muito ardente
Por causa do fogo do cão
Fica muito calorento
Com seu espeto muito quente

Felipe, Alex, Gleidson, Claudineide











Vou contar uma história

Que no pé da serra aconteceu
O caso Foi com Dona Maria
guardem bem na memória
Coitadinha, tão velha adormeceu
De tão velha tudo lhe doía

Dona Maria quando moça
Foi dançar o xaxado
Dançou tanto que furou o sapato

Dona Maria quando foi pra casa
Caiu um forte pé d’água
Dona Maria ficou com frieira
Com tanta coceira caiu na ribanceira

Coitada, hoje tão velha
Já queimou panela
Nem um ovo sabe fritar
Agora só resta deitar

Pernas grossas ela tinha
Agora só tem os cambitos
Coitada tão velhinha
Nem restou seus primos
Pelos cantos solta suspiros aflitos

Maria Paula, Ladjane, Evelyn, Ana Caroline





PRODUÇÕES INDIVIDUAIS:




































quinta-feira, 26 de agosto de 2010

PASSEATA MEIO AMBIENTE

Com os alunos da 5ª série, desenvolvi um trabalho de conscientização em relação à preservação do meio ambiente. Assim foram realizadas atividades no bairro Duda Macário, onde está situada a nossa escola. Tais atividades consistiram em visita a este local para verificar as condições em que estes se encontravam,como por exemplo, se havia lixo nas ruas, sacolas plásticas, objetos que pudessem acumular água, etc. Os alunos iam anotando tudo que observavam. Em outro dia foi realizada uma entrevista com os moradores e finalmente realizamos uma passeata com apresentação de cartazes, fantoches e distribuição de panfletos aos moradores contendo dicas simples, mas valiosas do que podemos fazer para preservar o Meio Ambiente. Como estas dicas servem para todos nós, vale a pena tê-las sempre em mente:

O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA PRESERVAR O MEIO AMBIENTE?

1. Economize água

• ao tomar banho, procure ser rápido e feche a torneira enquanto estiver se ensaboando;

• mantenha a torneira fechada quando estiver escovando os dentes ou fazendo a barba;

• ao lavar o carro utilize um balde;

• não use somente água para limpar calçadas, use também a vassoura;

• ao molhar jardins ou gramados, utilize pouca água e evite horários próximos ao meio-dia, pois a água seca mais rápido neste horário;

• verifique os vazamentos nas torneiras, descargas, chuveiros e em bóias
• de caixa d’água.

2. Economize energia

• Evite o uso do chuveiro nos horários entre 18 e 20 horas, pois a concentração do consumo neste período ocasiona maior trabalho das hidrelétricas, consumindo, assim, mais energia nas cidades;
• Evite banhos demorados, pois, além de gastar água, consome-se muita energia;
• O ferro elétrico deve ser ligado para passar muitas roupas de uma vez e quando poucos aparelhos estiverem ligados, pois o processo de esquentar várias vezes o ferro consome mais energia;
• Abra a porta da geladeira apenas quando tiver a certeza do que quer pegar;
• Abra as janelas para clarear os ambientes. Dessa forma não será preciso acender a luz durante o dia;
• Não deixe as lâmpadas acesas quando não estiver no ambiente;
• Não deixe a televisão ligada ao dormir;
• Desligue os aparelhos eletrônicos da tomada quando não estiver usando-os;

3. Cultive áreas verdes e plante árvores

As árvores são importantes porque:
• melhoram a qualidade do ar, pois retiram o gás carbônico e liberam oxigênio para a atmosfera;
• uma árvore pode transpirar por suas folhas até 60 litros de água por dia.
• Este vapor se mistura com as partículas de poluição do ar e, quando se acumula em nuvens, cai em forma de chuva. Neste processo, as árvores ajudam na retirada de poluentes do ar;
• o vapor e a fotossíntese (respiração das árvores) ajudam a equilibrar o clima de uma região. Isso é facilmente percebido em parques e florestas, que têm seu clima mais fresco;
• as árvores formam uma espécie de barreira sonora que impede a propagação dos ruídos. Cercas vivas estão sendo muito utilizadas por proporcionarem ambientes mais silenciosos e aconchegantes;
• as árvores nos proporcionam a sombra, locais para descansar e fugir dos raios solares, cada vez mais nocivos para a pele dos seres humanos;












POEMINHAS ECOLÓGICOS

Com a introdução da disciplina, Meio Ambiente, nas turmas de 5ª série, está sendo possível desenvolver um trabalho mais sistematizado em relação à conscientização de que todos podem ajudar na preservação do meio ambiente.  Através de atitudes simples desenvolvidas seja em casa, nas ruas e na própria escola podemos desenvolver condições de conviver em um ambiente mais saudável e harmonioso. Dessa forma os alunos foram instigados a desenvolverem diversas atividades, dentre elas a constrção de um livro de poemas ilustrados, a partir da música de Roberto Carlos- O Ano Passado.