terça-feira, 14 de setembro de 2010

FOLCLORE - BRINCADEIRAS DE RODA



Conforme pesquisa realizada por alunos da professora Jucileide as cantigas de roda se constituem em  cirandas ou brincadeiras infantis, onde tipicamente as crianças formam uma roda de mãos dadas e cantam melodias folclóricas,podendo executar ou não coreografias  acerca da letra de uma música.É  uma grande expressão folclórica e acredita-se que pode ter origem em músicas modificadas de um autor popular ou nascido anonimamente na população.
O autor do livro "No Sertão do Conselheiro"(2003,p.319), Josè Aras, filho da terra, escreve um trecho em que  nos lembra como eram realizadas as brincadeiras antigamente em nossa cidade.Segundo o autor todas essas brincadeiras enchiam de alegria, de fantasia e sonhos a vida das crianças do sertão.Ele nos relata que a noite   as  calçadas ficavam repletas de crianças a cantar, a brincar, gritar, correr, numa algazarra enorme, que se prolongava até tarde nas noites claras de luar, enquanto os mais idosos se deitavam nas espreguiçadeiras ou nas cadeiras de balanço e em redes, outros em círculo, recostados nas cadeiras, conversavam usufruindo a brisa noturna, enquanto vigiavam os filhos. Quem passou a infância no interior, sabe o que é serr feliz.Brincava-se a toda hora, de tudo, só se excluindo o horário das aulas. E o autor prossegue dizendo:
E se cantava, brincando:
"Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar.."

"No Sertão do Conselheiro ", José Aras nos traz também a letra de várias cantigas e o modo como eram realizadas as rodas. Em muitas delas eram feitas encenações como podemos observar na cantiga abaixo em que uma menina ficava dentro da roda e chegava outra e cantava:

"Quero ver a margarida
Olé, olé, olé
Quero ver a margarida                           
Olé, seus cavalheiros".

Todos respondiam:
"Margarida está presa
Olé, olé, olé
Margarida está presa
Olé seus cavalheiros".

Tirando uma das meninas da roda, a primeira menina cantava:

"Tirei uma pedrta,
Olé, olé, olé
Tirei uma pedra,
Olé seus cavalheiros"...

Todos cantavam:

"O castelo é muito alto,
Olé, olé, olé
Margarida está solta,
Olé seus cavalheiros".
 Dessa forma podemos encontrar no livro de nosso conterrâneo, José Aras, os vários costumes de nossa cidade, conservando assim, nossas tradições e constituindo-se como referência de estudo para nossos alunos.Estudar a histária a partir da nossa significa reafirmar a frase do filósofo Tolstói, escolhida por José Aras para dar início à produção literária e histórica: "Só seremos universais, se conhecermos e amarmos nossa aldeia". Concordando com esta  afirmativa é que sempre procuramos incentivar os alunos para que conheçam sua própria história e nada mais incentivador do que a utilização do livro de José Aras na sala de aula.É compromisso também da escola conservar nossas brincadeiras tradicionai e conciliá-los com as atividades de lazer que a cada dia estão surgindo.É também compromisso de todos que fazem educação dar oportunidade para que nossos alunos sintam como disse José Aras " o prazer de ser feliz no interior". Por isto durante as comemorações do folclore procuramos desenvolver atividades que proporcionassem tais objetivos como pode ser visto no vídeo e nas fotos abaixo dos alunos da 5ª série A, turno matutino.














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